No season finale de Star Trek: Strange New Worlds uma abordagem muito diferente foi selecionada e temos uma verdadeira mistura do clima do seriado com “Um Conto de Natal”. Decidido a mudar o futuro, o Capitão Pike começa a tomar ações para que nem ele ou os futuros cadetes morram em um combate, porém será que fazer isso tornará a galáxia em um lugar melhor e facilitará a vida de todos? Ou ele apenas está tentando dar um jeito de sobreviver, não importando o quanto isso custe aos demais?
Com um vislumbre exato do que vai acontecer caso ele permaneça vivo neste universo, Pike tem sua mente enviada para alguns anos no futuro. Lá ele se encontra no meio de uma grandiosa guerra que ameaça acabar de vez com a paz entre as estrelas. Com o destino da sua própria tripulação e da Frota Estelar em suas mãos, temos mais um excelente capítulo que desta vez encerra o arco de forma competente e abre mais opções para as próximas temporadas.
Para ajuda-lo, outra importante figura da franquia aparece e é decidida uma aliança para impedir que a guerra surja: James T. Kirk. Pois é, caros leitores, peço perdão pelo pequeno spoiler, mas temos Paul Wesley em sua versão do personagem e como o icônico capitão que conhecemos. E posso afirmar, com todas as letras, que isso já é razão o suficiente para você parar este texto por aqui e correr para ver o capítulo o quanto antes.
O futuro volta a assombrar Star Trek
Antes de mais nada, devo afirmar para cada um de vocês que Pike e Kirk juntos brilham em cena de forma que eu achei que nem seria possível algo tão orgânico. Mesmo com ideais e gênios distintos, a interação de ambos em Star Trek: Strange New Worlds é algo espetacular em tela e faz até mesmo o fã mais novato da saga vibrar junto com as decisões e acertos. Assim como os temores em relação aos erros se tornam também mais intensos.
Outro ponto muito relevante é a relação entre o futuro capitão da Enterprise e Spock. Naquela realidade, eles não fazem parte da mesma tripulação nem têm uma interação tão acentuada. Porém, é perceptível o quanto os dois atores se esforçaram para dar a sensação de que seriam ótimos amigos se passassem um tempo juntos. É aquela história, mesmo em realidades alternativas, a essência de ambos se mantém a mesma e uniria os dois de alguma forma.
Porém, o que realmente surpreende é o teor da trama. Não diria que é mais sombrio ou equivalente ao que vimos na semana passada, por exemplo. Ele tem a sua própria forma de nos trazer o terror e é através das consequências dos nossos próprios atos. Você e eu podemos temer criaturas mortais e seres alienígenas desconhecidos, seria natural. Porém, quantos de nós admitimos o quanto temos medo daquilo que fazemos hoje impacte na nossa versão futura? Pois é, aqui isso é esfregado em nosso rosto sem a menor cerimônia.
O grande dilema do Capitão Pike no primeiro episódio de Star Trek: Strange New Worlds é trazido à tona e dessa vez sem o mínimo de esperança. É uma questão de “legal que você quer se salvar, vou te apoiar” contra o “se você sair vivo ali, a galáxia inteira pode perecer”. Os fãs sabem a índole do personagem e a escolha que ele fará, isso nem preciso dar spoilers de como verá sua vida lá na frente. O que te ganha a atenção é a forma abrupta e completamente dura de como toda a ideia é apresentada.
Seguindo o contrário do início da série, aqui a máxima verdade é: haverão mortes, vários personagens vão sofrer e será uma calamidade após a outra. O futuro não parece trazer benefício algum à equipe da Enterprise e, mesmo que alguns continuem unidos, o destino dos demais é incerto e pode nos colocar em outra roda de flash forward. Por um lado, sabemos que o fim será a morte de Pike e ponto final. Porém, ao mostrar o futuro mais uma vez, assistiremos pela diversão ou apenas para aguardar determinados momentos acontecerem? É a pergunta que me faço.
Continuam seguindo audaciosamente
Mesmo que esta crítica se trate sobre o episódio desta semana, é impossível não falarmos da experiência que o seriado nos proporciona de modo geral. O percurso de toda a história foi tão bonito, conseguiu aprofundar tanto nos personagens e trazer boas tramas que é impossível não recomendar ela para qualquer pessoa. Inclusive, vale dizer aqui que ela é uma excelente porta de entrada para várias pessoas que não são habituadas aos conceitos que vêm desde décadas atrás.
Eu mesmo admito, assistia alguns episódios antigos com meu pai, porém fui me interessar de forma genuína nos filmes do J.J.Abrams. O encanto aconteceu em Star Trek Discovery e, em Strange New Worlds, é que me apaixonei de vez. Inclusive já adianto que nas próximas semanas vou dar uma acelerada nos demais materiais da franquia como a animação Lower Decks para me inteirar mais destes passos que estão dando atualmente. É um universo que não quero perder mais um passo, assim como acontece com a Marvel Studios.
E quanto aos personagens e as viagens para o limite do espaço, deixarão uma saudade em nossos corações até a promissora chegada da segunda temporada. Ela nos deve dar mais detalhes dos ganchos deixados no fim desta, assim como veremos Kirk como um cadete, engatinhando para se tornar o capitão que já conhecemos tanto de antigamente quanto o que foi apresentado no último capítulo. E, obviamente, mais união desta equipe espetacular e que ainda vai seguir audaciosamente para os lugares onde homem algum jamais esteve.
Antes de encerrar, gostaria de fazer uma menção honrosa aos momentos onde o Capitão Pike está fazendo algo importante ou discutindo temas super sérios enquanto usa um avental. Para mim, é o ápice da simplicidade oferecida pela série e o suficiente para gerar uma aproximação conosco como fãs. Ele comanda tudo ali, mas nas horas vagas veste seu aventalzinho e prepara uns pratos para ele e para todo o pessoal. Podem me falar o que for, mas estas cenas me ganham demais e incentivam a querer conhecer muito além daquilo que mostram.
Bom, Trekkers, não pensem nessa jornada como algo que se encerrou. Assim como a série, daremos uma pausa até o retorno da segunda temporada e de mais novidades para a linhagem Discovery também. Até lá, vamos evoluir ainda mais e aproveitar o que será entregue nos próximos anos de uma forma melhor. Para quem lê, curte e deixa seus comentários, espero que contem comigo para acompanhá-los nas próximas. Porque eu conto com vocês também. “Até logo!”.
Todos os episódios da primeira temporada de Star Trek: Strange New Worlds estão disponíveis através da Paramount+. Veja mais em Críticas de Séries!
Sem falar no “novo” engenheiro, fantástico.
Cara, se vc ver lower decks sem ter visto TNG vai perder MUITA REFERÊNCIA, MUITA REFERÊNCIA. Veja TNG vai ser demais.
Esse episódio é uma releitura do episódio da Série Clássica “O Equilíbrio do Terror” (T1 E15). Nele o Capitão Kirk lida exatamente com as mesmas circunstâncias. É incrível como as frases e detalhes foram repetidos nos dois episódios!!!
Assistindo o episódio da série clássica tenho certeza que ficarão ainda mais apaixonados por Strange New Worlds!
Como disse o Augusto, este episódio de SNW traz uma versão B do episódio O Equilíbrio do Terror, que já era uma releitura espacial de um clássico da 2WW chamado A Raposa do Mar. Em determinado momento parei o episódio de SNW e voltei a assistir o de TOS. Os roteiristas inclusive aproveitaram diálogos. Como diria Spock: Fascinante.
SNW é sem dúvida um grande presente para os fãs de Star Trek. Com episódios que realmente encarnam o espírito de Star Trek. Com excelentes interpretaçõe e boas históriad. Possui altos e baixos, claro, mas isso tb faz parte.
Concordo com Ismar, SNW encarna o espírito genuíno de Star Trek. Uma bênção. Vida longa e próspera para a série!
1 PONTO ALTO PARA QUEM GOSTA DE COZINHA ITALIANA SIMPLES, FOI A RECEITA DE PASTA MAMMA, SIMPLES MESMO. JÁ TESTEI 2 VEZES E É 1 PRATO MUITO BOM. SPAGUETI+1 OVO+AZEITE+SAL+PARMEZON. SÓ ISSO. ASSISTA AO EPISÓDIO 1O E VEJA COMO FAZER. UMA BELEZA.
SIM, CLARO ! VIDA LONGA E PRÓSPERA. PARA TODOS.