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Star Trek: Strange New Worlds – Episódio 4 | Crítica

Voltando à temática de sobrevivência, Star Trek: Strange New Worlds voltou a colocar toda a tripulação em seus limites para explorar seus passados. Desta vez os escolhidos para encarar seus traumas são La’An e Spock, cuja jornada para tirar a Enterprise de uma grande enrascada envolve a união deles para a vitória se completar. No episódio 4 vemos um confronto direto contra a raça Gorn e isso bota toda a missão em risco.

O episódio já começa de forma nostálgica, lembrando a todos os tripulantes de todos que já partiram durante a jornada e que eles têm sorte em permanecer avante. Mais uma vez o discurso é importantíssimo para compreendermos tudo o que acontecerá e será abordado, com o tema “morte” sendo discutido e enfrentado abertamente. Curiosamente, o Capitão Pike foi o único que não estabeleceu uma conexão com seu status de conhecimento da forma que morrerá.

Porém, é explorado outras conexões que envolvem o personagem e a dupla que citei acima. Muito é dito sobre como é o peso de decidir quem vive ou morre dentro da nave, em quais situações isso ocorre e como Pike carrega isto consigo, por exemplo. Enquanto isso, no outro, todos se esforçam ao máximo para não se tornarem um obstáculo no plano geral de sobrevivência. Este fator gera até sacrifícios que são mostrados abertamente, dando um impacto ainda maior aos telespectadores.

O capitão tem de tomar decisões de vida ou morte

Questionamentos em Star Trek

Com o receio de soar repetitivo e ser visto como um fanboy, Star Trek: Strange New Worlds mais uma vez não me prometeu nada e entregou tudo. Parece que a equipe de produção entrou de cabeça na ideia de nos entregar temas para refletirmos e mergulhar na nossa própria psique. Nos últimos encaramos como vemos o futuro, as formas que o diálogo pode nos salvar e até mesmo as decisões difíceis que fazemos em nossas vidas.

Nesta semana, ouso dizer que o tema seria o peso de estar aqui hoje enquanto tanta coisa é deixada para trás. É algo de nossa espécie humana, todos já tivemos de dar adeus a algo. Creio que todos que estejam lendo isso fizeram isso em certo momento, infelizmente. Como carregamos isso e as coisas que aprendemos com determinadas situações é tudo o que nos resta…e agora? Essa abordagem é tudo que posso resumir sem entregar spoilers.

Algumas discussões, como das últimas semanas, nos entregaram esperança para seguirmos em frente. Com uma mensagem um pouco distinta, a série nos leva agora a pensar no passado e abrir uma escotilha diretamente para o buraco negro de nossa vida. Olha, não me entendam errado. O conteúdo continua excelente, atuações impecáveis e tudo que já estou até cansando de repetir a cada episódio que se passa. Não tenho um A para reclamar do seriado. Ainda assim, se você não tem uma situação resolvida com as coisas que teve de seguir sem, recomendo que assista apenas em um dia que estiver se sentindo bem.

Essa também era minha reação pensando na vida

Bom, se alguém aqui for bem resolvido neste quesito, dou os parabéns. Infelizmente não é o caso de milhões de meros mortais e Star Trek: Strange New Worlds pode e vai tocar em feridas que estão neles. Sejam abertas ou cicatrizadas. Falando por mim, deu para assistir sem me sentir mal sobre as questões apresentadas e levar o entretenimento tranquilamente. Porém, não posso negar que certos momentos me perguntei como lido com algumas coisas que aconteceram em minha vida. Isso porque achei que ia escapar destas dúvidas que ficam em nosso subconsciente…

Apesar de causar um desconforto, ver como os tripulantes da Enterprise se auxiliam e levam aquilo vai aquecer o seu coração de certa forma. Aqui, a série da Paramount+ incomoda e te faz pensar bastante ao mesmo tempo que lhe entrega um caminho para acompanhar os personagens que passam pelo mesmo dilema. Vamos confessar, tem produções que são 8 ou 80. Ou a dor é mostrada de forma nociva ou é tão superficial que você até reclama de não tratarem da devida forma. Em termos melhores, ou chora rios de lágrimas ou acha que foi “fraquinho”. Aqui é atingido um meio-termo, o que é muito bem-vindo, diga-se de passagem.

Tudo neste episódio pesa na consciência

Uma nova página está sendo escrita

Com o perdão do devaneio de mergulharmos na discussão central, vamos voltar ao enredo. La’An se lembra de ter confrontado os Gorn no passado, tornando ela a melhor solução para compreender seu modus operandi e salvar todos os tripulantes da morte certa. Todos tratam a espécie como seres inegociáveis, prontos para causar confusão e caos por toda a galáxia sem o menor pudor.

Agindo de forma dura e até mesmo rebatendo Pike diretamente, ela mostra que se faz extremamente necessária na nave. Vamos combinar, o capitão é conhecido por negociar até contra quem atirou na própria mãe…sendo que isso pode levar a sérias consequências. La’An ser tão irredutível e mostrar a todos o sadismo que seus adversários carregam é essencial para a sobreviverem neste meio adverso.

La’An não mede esforços em bater de frente contra Pike

Ouso dizer que o episódio 4 de Star Trek: Strange New Worlds entregou também o melhor cenário de toda a série. Você saberá quando ver, com cada detalhe apontando para um show visual. Fiz o favor de parar a cena por um momento e checar cada pequeno detalhe apresentado, faltando pouco para bater palmas para a equipe de CGI. Já vi coisas impressionantes em Discovery e até nos filmes, mas aqui se superaram.

E mesmo reclamando de que falta um grande arco ou uma direção, estou começando a achar graça no formato que estão seguindo. Vamos combinar, não saber o que eles vão encarar na próxima semana e sequer carregar uma expectativa é libertador. Obviamente, se homem algum jamais esteve por lá, como saberemos o que esperar não é? Por mais que não carregue uma hype como Obi-Wan Kenobi ou Cavaleiro da Lua, na semana que vem estarei fielmente sentado no sofá para assistir uma nova aventura deles. E é isso que me importa, no fim das contas.

Star Trek: Strange New Worlds está sendo exibido através da Paramount+, todas as sextas-feiras a partir das 5h. Veja mais em Críticas de Séries!

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Luiz
Luiz
2 anos atrás

Série está muito boa.. Nesse episódio único deslize ao meu ver.. Foi aceitar uma ancoragem para resgatar alguns sobreviventes.. E não ter nenhuma preocupação com contaminação.. Problema esse que foi o foco do episódio 3..como os teletransportes não estavam funcionando para usar os biofiltros inclusos neles.. Capitão Pike e equipe médica deveriam uma abordagem diferente.. De acordo com sua experiência anterior.. Nem que seja um teletranspote interno ou roupa especial.. Aí depois o resto foi consequência.. Mas a série tá mto boa.. Uhura teve até agora um desenvolvimento perfeito ao meu ver..

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