Quem viveu a febre do bichinho virtual nos anos 90 vai reconhecer a ideia imediatamente, mas o TamaFi leva o conceito para um território bem mais nerd. Criado pela CiferTech, o dispositivo resgata o espírito do Tamagotchi, só que troca comida e cuidados tradicionais por algo bem mais atual: sinais de WiFi. Para esse pet digital, redes sem fio são lanchinhos espalhados pelo ar.
Ao ligar o TamaFi, um personagem animado surge na tela redonda de 240 por 240 pixels, com animações suaves e cheias de personalidade.

O aparelho tem seis botões físicos distribuídos pelas laterais, todos com um clique macio e satisfatório, reforçando aquela sensação tátil que faz falta em muitos gadgets modernos.
Por dentro, quem dá conta do recado é um microcontrolador ESP32 S3, responsável tanto pelas animações quanto por vasculhar o ambiente em busca de redes WiFi próximas.
O visual ganha um toque extra com pequenos LEDs coloridos nas laterais, que mudam conforme o humor do bichinho.
A bateria interna aguenta várias horas longe da tomada e pode ser recarregada facilmente via USB, o que torna o TamaFi um companheiro portátil de verdade. A cada poucos segundos, o pet decide o que fazer, podendo ficar de boa na tela, descansar ou entrar em modo ativo para caçar sinais.

Quanto mais tempo passa sem encontrar redes, mais faminto ele fica. Cada WiFi detectado, seja aberto ou oculto, ajuda a saciar essa fome digital, e redes novas despertam ainda mais curiosidade.
Ambientes cheios de atividade fazem toda a diferença. Levar o TamaFi para lugares movimentados, com muitas redes por perto, aumenta os níveis de felicidade e mantém a saúde em dia.
Já deixá lo esquecido em um local sem sinal acaba trazendo tédio e até doenças virtuais, tudo acompanhado em tempo real pela interface. Uma das telas mostra estatísticas como fome, humor, saúde, idade e estado emocional.
Outra exibe o “radar” de redes ao redor e como elas afetam o bichinho. Também é possível ajustar brilho, volume dos sons e até o esquema de cores da interface.
Com o tempo, o pet evolui. Ele começa como uma criatura simples, com movimentos e reações básicas, mas pode se transformar em algo bem mais complexo se receber atenção e, claro, muitos sinais de WiFi.
Quando negligenciado, entra em ciclos de mau humor que desaceleram tudo. Em estados mais extremos, surgem comportamentos inesperados, como quando o pet irritado passa a emitir pequenas rajadas de interferência só para provocar as redes ao redor.
É uma mistura curiosa de nostalgia, tecnologia e humor geek que transforma algo invisível como o WiFi em parte de uma experiência divertida e cheia de personalidade.
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