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X-Men 97 – Episódio 3 | Crítica: Qualidade e execução

O terceiro episódio de X-Men 97 reforça a qualidade vista no início da temporada e mostra que a produção não pretende desacelerar – trazendo uma narrativa firme para seus personagens e com uma excelente execução em tela.

Com a chegada de uma “segunda” Jean Grey, os mutantes começam a questionar quem é a verdadeira e quem é a “cópia”, o que leva eles em uma inusitada jornada e confronto de ideais dentro da própria Mansão X e fora dela também.

Madelyne Pryor chega em X-Men 97

Para quem é fã das HQs, o capítulo 3 de X-Men 97 explora o arco de Madelyne Pryor – a famigerada clone de Jean Grey, trazida à vida pelo Sr. Sinistro e revelando ainda mais problemas para a vida conturbada do grupo.

Do ponto da descoberta aos demais plot twists, é incrível como amarram o roteiro para trazer uma história de qualidade e sem perder o ritmo. Em nenhum momento você sente que a história está sendo arrastada de algum modo ou que há momentos/diálogos desnecessários.

Esta abordagem desenfreada não é apenas uma das maiores forças de X-Men 97, mas também uma grande força motora que leva às cenas de ação. Os confrontos também não acontecem para apenas ser um espetáculo visual, mas são carregados de sentimentos e conflitos internos de cada um.

Após os capítulos da semana passada, eu adorei que deram mais espaço para Bishop, Morfo e até Roberto da Costa brilharem e terem uma integração maior com o grupo – dentro e fora das batalhas. Neste aspecto, acredito que acertaram em dar espaço para cada um em momentos separados, o que era uma de minhas preocupações.

Mistura que deu certo

Já em relação às soluções e conclusões, eu pessoalmente acredito que 30 minutos é “pouco tempo” para entregar problemas e trazer respostas. Porém, em X-Men 97 as coisas rolaram de forma tão fluída que não vi isto como um erro ou decisões apressadas – o que me surpreendeu bastante.

Vale botar em nota que o Sr. Sinistro realmente se mostra tenebroso e faz jus ao seu nome, justificando totalmente a versão animada desta história. Tem coisas que não se faz em live-action, ou tentam com CGI muito mal-executado, que no desenho se transforma em uma força transformadora na história.

Eu acredito que, se manterem esta qualidade, X-Men 97 pode se mostrar não apenas um dos melhores desenhos da Marvel Animation (superando inclusive What If…), mas uma das obras mais marcantes da própria Marvel Studios. O trem da hype é real e traz mais do que nostalgia e personagens icônicos.

Em alguns momentos pode parecer uma grande novela cheia de reviravoltas? Sim, concordo. Porém, é virtualmente dificílimo misturar tantos gêneros (super-heróis, ação, novela, serialização e mais) e fazer a produção dar certo. E, neste aspecto, a equipe está obtendo um gigantesco sucesso – este que espero que consigam manter e elevar ainda mais o brilho dos mutantes.

X-Men 97 está sendo exibido na Disney+ todas as quartas-feiras. Veja mais em Críticas de Séries!

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