O que era apenas uma pistola de plástico laranja do clássico Duck Hunt virou, nas mãos do engenheiro Nick Bild, um dos projetos mais inusitados, e impressionantes, já vistos no universo da tecnologia inspirada em videogames. Ele transformou o icônico Zapper do NES em um telefone funcional, capaz de fazer e receber chamadas usando… um feixe de laser. E não é só um enfeite ou truque de cosplay, o dispositivo realmente funciona.
A curiosidade de Bild começou com o sistema original da Zapper, que usava um sensor de luz para detectar padrões luminosos na tela das antigas TVs de tubo (CRTs) sempre que o gatilho era puxado. Quando o jogador atirava nos patos, o jogo piscava rapidamente uma sequência de pixels e o sensor analisava isso para saber se o tiro foi certeiro. O problema? Esse método só funciona em TVs antigas. Em telas modernas, a Zapper virou peça de museu. Mas Bild decidiu ir além da nostalgia.
Ao entender e contornar o mecanismo antifraude da Zapper, criado na época para evitar que jogadores trapaceassem apontando para lâmpadas, ele conseguiu reprogramar o sensor para receber sinais de áudio. E aí começa a parte realmente maluca: o telefone funciona com um sistema de comunicação via laser. A base telefônica (um aparelho separado) transforma o som da voz em pulsos de luz e dispara esse feixe para o outro lado do cômodo, onde está a Zapper. O sensor, agora adaptado, capta essas variações e as traduz de volta para áudio.
Para que o usuário possa falar de volta, Bild ainda instalou um microfone no controle da Nintendo. A voz é enviada à base via conexão sem fio por rádio (RF). O resultado é um telefone de aparência retrô, que mistura tecnologia dos anos 80 com engenhocas que parecem saídas de De Volta para o Futuro. Uma fusão perfeita de nostalgia com criatividade absurda, e talvez o projeto mais legal (e esquisito) que um fã de videogames já construiu.
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