“Solidariedade sem fronteiras em vez de G20!”, era o lema que mais de 100 mil manifestantes gritaram no centro de Hamburgo, Alemanha, na semana passada, nos dias 7 e 8 de julho.
A multidão protestou em oposição ao capitalismo e especialmente pelo encontro que reúne anualmente os líderes das 20 maiores potências mundiais.
Donald Trump foi recebido pelos grupos antissistemas com as saudações “Bem-vindo ao inferno”.
Os protestos foram marcados pela repressão policial e violência. Agentes e ativistas ficaram feridos, e manifestantes foram presos. Ainda não há uma estimativa confiável sobre os números.
Em contrapartida, cerca de 1.000 manifestantes organizaram um ato mais poético e artístico no dia 5.
Na performance, eles se pintaram inteiros de cinza e caminharam lentamente, silenciosos, como zumbis, em alusão ao que o capitalismo nos transforma.
Por onde passavam, novos integrantes se juntavam.
A ideia foi do grupo ativista chamado Gestalten, que clamava ao G20 por uma sociedade mais igualitária e democrática, ao invés de conceder poder nas mãos de poucos.
Sven Kammerer, líder do grupo, disse que o objetivo do ato é enviar para o mundo um símbolo de solidariedade e participação política.
“A mensagem da nossa performance é: Nenhuma mudança pode começar através de algumas elites políticas, isso apenas começa comigo e com você”, disse Kammerer ao jornal ABC.
1.000 zumbis marcham em Hamburgo contra o G20
Embora houvesse diversas ideologias entre os manifestantes, de anarquistas anticapitalismo a ativistas ambientais, todos compartilhavam do mesmo sentimento: o G20, assim como outros grandes encontros de autoridades mundiais, não representam uma sociedade completa.