A indústria de jogos eletrônicos é uma maiores quando falamos do setor de entretenimento. Os números são impressionantes, e não apenas no Brasil. Em 2022, o mercado global de jogos atingiu a marca de aproximadamente 180 bilhões de dólares em faturamento, superando setores tradicionais como cinema e música.
E de acordo com dados da Pesquisa Game Brasil, o país já conta com mais de 74% de sua população jogando algum tipo de jogo digital, seja em consoles, computadores ou dispositivos móveis. Isso demonstra a paixão dos brasileiros por videogames e também a força econômica desse setor no país.
Se o mundo dos games evoluiu por décadas com diferentes inovações, desde os gráficos 8-bit até a realidade virtual, é com a chegada das criptomoedas e da tecnologia blockchain que surgem novas possibilidades de interação, monetização e criação de valor. Hoje, não se trata apenas de “jogar por diversão”, mas também de aproveitar oportunidades.
De investimentos em tokens não fungíveis (NFTs) a participação ativa em comunidades digitais que se formam em torno dessas plataformas, há muita coisa acontecendo no mundo dos jogos. Hoje em dia há jogos e plataformas pensados especificamente para o público que adotou a cripto. E, como vemos nas notícias sobre Solana, esse público não para de crescer.
O crescimento da indústria de jogos
A popularização dos fliperamas nos anos 1970 e 1980 foi o pontapé inicial desse mercado, seguida pelo sucesso dos consoles domésticos. Hoje, com os smartphones e a internet de alta velocidade, os jogos se tornaram acessíveis a todas as faixas etárias e classes sociais, especialmente no Brasil.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), estima-se que mais de 80% da população brasileira tem acesso à internet, facilitando a adoção de jogos online e colocando o país em uma posição importante na América Latina. Além disso, pesquisas apontam que o jogador brasileiro gasta, em média, 3 horas diárias com videogames.
Enquanto a indústria avançava em termos de gráficos, narrativa e jogabilidade, o aspecto financeiro se tornou cada vez mais importante. Modelos de pagamento como DLCs (conteúdos adicionais pagos), microtransações e assinaturas surgiram para monetizar o engajamento do público.
Nisso, as criptomoedas se tornaram o próximo passo de uma evolução natural. Uma forma de recompensa e de interação que não depende de intermediários e abre novas camadas de participação para os jogadores. A tecnologia blockchain funciona como um grande livro de registros descentralizado e seguro, possibilitando a troca de valores e informações sem a necessidade de um mediador central.
Para a indústria dos jogos, isso cria oportunidades de transparência e autonomia nas transações, ao mesmo tempo em que torna as relações econômicas dentro dos jogos mais justas. Imagine um jogo de RPG online em que cada item conquistado seja, na prática, um NFT exclusivo, comprovando a autenticidade e a propriedade daquele ativo.
Dessa forma, o jogador pode trocá-lo ou revendê-lo livremente, sem depender das regras de um único servidor ou das limitações impostas por desenvolvedores. Isso, por si só, é um componente disruptivo, pois transforma a relação jogador-produtor em algo com potencial de maior colaboração.
Além disso, criptomoedas como Bitcoin e Ethereum são frequentemente usadas como moeda de troca para comprar itens virtuais. Mas há soluções de blockchains que oferecem transações velozes e taxas reduzidas, atendendo a demandas de jogos que necessitam de milhares de microtransações simultâneas.
A incorporação de criptomoedas, então, cria um ecossistema sustentável, onde jogadores podem ser recompensados financeiramente por seu tempo e habilidades.
Modelos inovadores: Play-to-Earn e NFTs
O conceito de Play-to-Earn (jogar para ganhar) é um dos pilares da integração entre jogos e criptomoedas. Títulos como “Axie Infinity” e outros passaram a permitir que os usuários recebessem tokens negociáveis em plataformas de criptomoedas por suas conquistas no jogo.
Outro componente importante são os NFTs (Tokens Não Fungíveis). Eles garantem a escassez e a originalidade de itens dentro do jogo, gerando valor tanto para colecionadores quanto para competidores que buscam “itens raros”. No Brasil, por exemplo, empresas de entretenimento e clubes de futebol vêm experimentando a ideia de tokens colecionáveis para aproximar os fãs de seus ídolos.
Mas enquanto esse mercado se expande, também surgem questionamentos sobre sustentabilidade, especulação financeira e equilíbrio de poder nos jogos. Entretanto, a demanda por formas mais inovadoras de engajamento e monetização em games indica que esses modelos devem continuar aumentando.
Atualmente, o Brasil já é considerado o maior mercado de jogos da América Latina, com dezenas de estúdios nacionais desenvolvendo títulos de renome. Dados da consultoria Newzoo apontam que o país ocupa a 12ª posição mundial em faturamento no segmento de games, e a tendência é de crescimento.