Os chineses começaram o ano de 2019 fazendo história após realizar o pouso bem-sucedido da sonda Chang’e-4 no lado oculto da Lua, no dia 3 de janeiro.
Fotos em alta resolução da região até então inexplorada do astro foram divulgadas no dia 6 pela Administração Espacial da China.
As imagens feitas pela Chang’e-4 passaram por uma satélite de retransmissão chamado Queqiao antes de chegar à Terra, devido a dificuldade de comunicação direta com o lado oculto.
Essa missão espacial tem como objetivo realizar medições detalhadas do terreno lunar e sua composição mineral. O Polo Sul lunar também deve ser examinado, local que os cientistas acreditam ser uma cratera formada por uma colisão há bilhões de anos.
Eles esperam que as sondas coletem informações para realizar o cálculo da data em que esse evento ocorreu e possivelmente revelar novas informações sobre a formação do nosso sistema solar.
Com o nome popular de “lado oculto da Lua”, não se trata necessariamente de uma região onde há escuridão o tempo todo. Essa fama se originou do fato de que parte do astro permanece sempre oculto ao nosso olhar, devido a sincronia entre os movimentos da Terra e da Lua.
Sendo este também o motivo pelo qual é tão difícil explorar a região, uma vez que ocorre bastante interferência dos sinais de comunicação enviados até lá.
Como parte da missão, foi enviado um satélite responsável por facilitar o acesso entre a base de comandos terrestre e as sondas que estão na superfície do astro.
A missão ainda nem foi concluída e os chineses já têm planos para retornar à Lua: a Chang’e-5 deve ser lançada ainda neste ano para trazer amostras da Lua e aterrissar em um mar lunar conhecido como Oceanus Procellarum.
A última vez que uma amostra lunar entrou em laboratório terrestre, foi em 1976 com a expedição Luna 24, realizada pela antiga União Soviética.
As fotos mostram o rover Yutu 2 e a sonda Chang’e-4 analisando o local conhecido como Cratera Von Kármán, próximo ao Polo Sul lunar.