Após três episódios inteiros desviando de Pike, Star Trek: Strange New Worlds decide mergullhar de vez em sua vida pessoal e em sua carreira – engolindo o personagem em uma trama onde ele e todos se esquecem de quem são e precisam se reencontrar, seja de uma forma boa ou não.
O capítulo mostra um planeta cuja radiação do cinturão de asteróides afeta a memória das pessoas, tornando elas em apenas uma casca daquilo que acreditam ser. Não apenas Christopher Pike é abordado neste momento, ao lado de La’An e de M’Benga, mas também temos um foco maior em Erica Ortegas – uma das melhores pilotos que a Enterprise já viu.
Enquanto o capítulo anterior trouxe um foco maior no lado sentimental, este é mais expositório e revela ao público o que existe no fundo da alma de cada um dos personagens. Podemos classificar alguns pontos como “rótulos”, como o caso de La’An ser uma “guerreira” e M’Benga ser conhecido como um “médico”…no entanto, alguns podem surpreender pela abordagem e resolução de problemas.
Ponto baixo em Star Trek
Sendo muito honesto com vocês, de toda a segunda temporada de Star Trek: Strange New Worlds, este foi o episódio que mais me entediou. Para mim, que amo este universo e adoro esta abordagem que deram aos personagens, senti que a trama foi mais arrastada e complexa do que deveria.
Em resumo, o plano é chegarem no conjunto de asteróides – o planeta central fazê-los perder a memória – encontrar uma forma de retomar suas lembranças – resolver o caso. Alguns pontos, como a presença da Capitã Batel e até mesmo o arco de Ortegas são interessantes e não acredito que deviam ser retirados.
No entanto, dava para compensar bastante o seu conteúdo ou incluir – no seu trajeto – algo mais relevante do que ver toda a tripulação como baratas tontas. A cada 5/6 minutos de episódio, retornávamos para a Enterprise para ver mais um deles se perguntando quem era, o que fazia, os demais confusos e voltávamos ao planeta.
Não se engane, caros leitores, não é que eu não gostei do Episódio 4 de Star Trek: Strange New Worlds. Eu apenas achei ele mais fraco que os demais, considerando a maestria como foi trabalhado o roteiro durante a primeira temporada e estes capítulos iniciais da segunda.
Considerando que não tenhamos avançado em absolutamente nada dentro do “plano maior”, eu esperava ao menos que desenvolvessem algo para o meio do debate. Porém, ao fim das contas, me fez ficar com apenas algumas poucas frases de efeito na mente e algumas referências ao que já vimos no passado – na série original.
O brilho de Erica Ortegas
Se tem algum ponto onde você ficará feliz e triste neste atual episódio de Star Trek: Strange New Worlds, é com Erica Ortegas. Por mais que o rumo das coisas te chame a atenção, se perca no caminho e depois volte aos trilhos em seu final – não teve jeito, mas foi com ela que a atenção era presa de forma completa.
Acontece que ela pilota a nave. Vê todos fazendo missões externas, indo e voltando cheios de histórias…e ela continua sempre na mesma cadeira, com poucas saídas. Isso é o motor de todo o seu arco neste episódio e devo afirmar que é aquilo que mais chamará o olhar enquanto progride. O fim dela também te fará se empolgar e questionar: será que realmente sabemos quem nós somos? O tempo todo?
Outro crescimento recorrente de trama que estou achando intrigante é de M’Benga. Desde o primeiro episódio da Temporada 2 estão botando em conflito a sua escolha de ser um médico com a sua natureza como combatente. Não acredito que isto se encerrou por aí, apostando em algum impacto que levará ele ao fim desta temporada para lugares inesperados.
Ainda que seja um episódio “fraco”, não foi ele que me fez desistir de permanecer acompanhando a série. Recomendo que continue dando uma chance, principalmente por esperar uma integração maior com Paul Wesley como James T. Kirk e também com a Capitã Batel. Levando em conta que há algo ocorrendo de fundo, mais detalhes devem ser revelados nos próximos capítulos.
Star Trek: Strange New Worlds está sendo exibida todas as quintas-feiras na Paramount+. Veja mais em Críticas de Séries!
Decepcionado com a 2 temporada… triste de verdade.. para começar, parece uma nave de Valquírias (como certa vez disse o Q, salvo engano em Voyager) pois só tem mulheres na ponte, sendo que mesmo o Cap. Pike e Spock por diversas vezes nem aparecem na ponte.
Cada episódio é uma história sem graça (só bla, bla, bla) geralmente sobre uma das alferes ou tenente, e se peca ao não criar um contexto trekking que possa gerar nostalgia.
Se perde em questões pessoais e foge ao tema da ficção. Chato, chato e chato..
Para não ser uma perda total, vale o Cap. Kirk…
A 1 temporada foi um espetáculo!! Me senti novamente nos braços da série clássica ou next generation ou voyager, quando exploravam o universo.
Agora, está quase tão sofrível como a Discovery (a pior de todas). Lástima..
Espero que a 3 temporada seja melhor.